Dia 24 de setembro, a Santa Sé anunciou em coletiva de imprensa o tema da Jornada Mundial da Juventude Seul 2027: “Tende coragem: eu venci o mundo!” (João 16,33). O Papa Francisco escolheu esse versículo para inspirar os jovens com a mensagem de coragem e vitória em Cristo. A peregrinação dos símbolos da JMJ começará em novembro de 2024, marcando o início da preparação espiritual.
Em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira, 24 de setembro, a Santa Sé divulgou informações sobre a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que ocorrerá em Seul, em 2027. O evento, reconhecido como o maior encontro global de jovens católicos, teve seu tema e logotipo oficialmente apresentados, junto a outros detalhes da organização.
O tema escolhido pelo Papa Francisco para a JMJ de 2027 é a passagem bíblica “Tende coragem: eu venci o mundo!” (João 16,33). Segundo o cardeal Kevin Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, esse será também o tema da Jornada Mundial da Juventude diocesana em 2026. Para a edição de 2025, o Papa definiu o versículo “Vós também dareis testemunho, porque estais comigo” (João 15,27) como inspiração. Ambos os temas, conforme o cardeal destacou, estão relacionados ao “discurso de despedida de Jesus”, que visa preparar seus discípulos para vivenciar o mistério de sua paixão, morte e ressurreição. “Esses temas refletem o testemunho e a coragem derivados da vitória Pascal de Cristo”, afirmou Farrell.
Logotipo da JMJ Seul 2027
Dom Paul Kyung Sang Lee, bispo auxiliar de Seul e coordenador-geral da JMJ Seul 2027, apresentou o logotipo criado para a próxima edição. No centro do design, uma cruz em tons de vermelho e azul representa a vitória de Jesus sobre o mundo. O vermelho evoca o sangue dos mártires e simboliza a coragem, enquanto o azul reflete a vitalidade dos jovens e o chamado de Deus. Esses elementos remetem ao símbolo Taegeuk, presente na bandeira sul-coreana. A cor amarela, que brilha ao fundo da cruz, representa Jesus como “a luz do mundo”, em uma metáfora ao sol nascente que guia a Igreja em sua busca por unidade. O logotipo incorpora, de maneira sutil, caracteres da escrita coreana, o hangul, que formam a palavra “Seul”, além de se inspirar na arte tradicional coreana.
Preparativos e peregrinação dos símbolos
Por fim, dom Paul compartilhou os avanços nos preparativos para o evento, como a formação do Comitê Organizador Local, oficializado em dezembro de 2022, e uma campanha de oração em fevereiro de 2023, que visava um bilhão de terços em intenção da JMJ.
Além disso, o cardeal Farrell anunciou que a peregrinação dos símbolos da JMJ – a Cruz dos Jovens e o ícone de Maria Salus Populi Romani – terá início no dia 24 de novembro deste ano, durante a Solenidade de Cristo Rei do Universo. Na ocasião, durante uma missa na Basílica de São Pedro presidida pelo Papa, os símbolos serão entregues aos jovens coreanos, marcando o início das atividades espirituais em preparação para o evento em Seul.
Expectativas para o maior evento católico do mundo
Gleison de Paula Souza, secretário do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, em entrevista à Radio Vaticano-Vatican News, destacou a importância dos próximos temas das JMJ’s de 2025 e 2026, em preparação para o caminho rumo a Seul em 2027. De acordo com Gleison, a Igreja coreana é um testemunho vivo da fé, e o Papa convida os jovens a enfrentar suas jornadas espirituais com coragem, respeitando e vivendo a comunhão com os outros.
O secretário do dicastério também mencionou a modernidade e a forte tradição cultural da Coreia, o que, segundo ele, trará uma das maiores jornadas já vistas, não necessariamente pelo número de participantes, mas pela riqueza cultural e espiritual que a experiência oferecerá.
Preparação espiritual e cultural
O coordenador do Setor Juventude do Dicastério, padre Franco Galdino, compartilhou seu entusiasmo em relação à organização da JMJ 2027, destacando o estilo proativo e organizado da Igreja coreana. O sacerdote ressaltou que o tema “Coragem, eu venci o mundo” abrirá horizontes para uma Igreja jovem e vibrante, fortalecida pelo testemunho dos mártires coreanos, como um espaço de troca de experiências de fé entre jovens de todo o mundo.
Pe. Franco enfatizou também o impacto cultural da Coreia, mencionando que a música e as séries coreanas já têm grande influência no Brasil. Ele acredita que essa conexão cultural atrairá muitos jovens brasileiros para a JMJ, e que a Coreia, além de sua modernidade, oferecerá uma experiência de testemunho autêntico, destacando como viver a fé em uma sociedade altamente desenvolvida e tecnológica.
Thulio Fonseca – Vatican News
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